Atualmente se fala muito sobre a inclusão da criança com necessidades especiais. Especialmente nas escolas e como é difícil e arduo essa missão! Mas essa inclusão começa com todos nós.Quero incentivar a todos a olhar a criança especial e a sua família com amor e aceitação, e sermos solidários. A inclusão começa em nossos corações.Pois sabemos que todos somos especiais, pois não existe nenhuma pessoa exatamente igual a outra. Todos nós temos nossas peculiaridades, habilidades, dificuldades, somos todos diferentes.Espero que em algum lugar com esse blog eu possa ajudar um coração necessitado pois ele está sendo feito com muito amor e carinho!!!
Que Deus abençõe a cada um de nós.

sábado, 28 de abril de 2012

Infância e Adolescência: quando buscar ajuda? Às vezes há grande dúvida sobre a necessidade de se recomendar ou procurar um tratamento psiquiátrico.


 
Não se sabe exatamente quando a criança deixa de lado a chupeta e adota o laptop, antes passando pelo celular. Antes parecia possível ver a criança passar serenamente para a pré-adolescência, desta para a adolescência e, paulatinamente, para o adulto jovem. Hoje o desenvolvimento da infância e adolescência é mais turbulento.
Entre a infância e adolescência existe a criança adolescentóide – arremedando o adolescente – com batom, celular e preocupado com grifes, cortes de cabelo fashion, bem como o adolescente com (ir)responsabilidades infantis. Participando desse desenvolvimento complicado existem no Brasil cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes demonstrando problemas emocionais, segundo aAssociação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Associação Brasileira de Psiquiatria realizou, em parceria com o instituto Ibope, promoveu uma pesquisa nacional que estimou a prevalência de sintomas dos transtornos mentais mais comuns na infância e na adolescência (de 6 a 17 anos). Para essa pesquisa foram entrevistadas 2002 pessoas, em 142 municípios de todas as regiões do Brasil em outubro de 2007.
Aproximadamente 12,6% das mães entrevistadas relataram ter um filho com sintomas emocionais suficientes para necessitar tratamento (vem daí o número de 5 milhões). Dessas mães, 28,9% delas não conseguiram ou não tiveram acesso a atendimento público; 46,7% obtiveram tratamento no SUS e 24,2% através de convênio ou profissional particular. Em geral as crianças que não conseguem tratamento se desenvolvem mal e podem se tornar adultos vulneráveis e com dificuldades emocionais.
Segundo a pesquisa, a maior parte das crianças e adolescentes apresenta sintomas que somam mais de um transtorno emocional. Resumindo, são mais de 3 milhões (8,7%) com sinais de hiperatividade ou desatenção; mais de 2,5 milhões (7,8%) com dificuldades de leitura, escrita e contas (sintomas que correspondem ao transtorno de aprendizagem), mais de 2 milhões com sintomas de irritabilidade e comportamentos desafiadores e igual número com dificuldade de compreensão e atraso em relação a outras crianças da mesma idade.
Sinais importantes de depressão típica também aparecem em aproximadamente 1,5 milhão (4,2%) das crianças e adolescentes e mais 1,5 milhão delas apresenta transtornos ansiosos importantes. Mais de 1 milhão das crianças e adolescentes (2,8%) apresenta problemas significativos com álcool e outras drogas. Esta população parece ter enfrentado uma dificuldade ainda maior para conseguir tratamento. Na área de problemas de conduta, como mentir, brigar, furtar e desrespeitar, 1,2 milhão (3,4%) de crianças apresenta problemas.

SINTOMAS DE PROBLEMAS EMOCIONAIS MAIS FREQÛENTES*   -   %
Hiperatividade/Desatenção
8.7
Tristeza/desânimo/choro
4.2
Ansiedade com separação da figura de apego
5.9
Dificuldades com leitura, escrita e contas
7.8
Medos específicos (insetos, trovão, etc)
6.4
Ansiedade em situações sociais
4.2
Ansiedade com coisas rotineiras (provas, o futuro, etc)
3.7
Comportamentos desafiadores, opositivos/irritabilidade
6.7
Dificuldades de compreensão/atraso escolar
6.4
Problemas com o uso de álcool e/ou drogas
2.8
Mentiras/brigas/furtos/desrespeito
3.4
* - Dados da pesquisa da ABP coordenada pela Dra. Tatiana Moya - Release da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) de 10/10/2008, disponível emhttp://www.abpbrasil.org.br/sala_imprensa/releases/exibRelease/?release=115.

Quando se deve buscar tratamento psiquiátrico em crianças e adolescentes

Geralmente as pessoas têm muitas dúvidas sobre a necessidade de uma criança ou adolescente procurar um tratamento psiquiátrico. E não se excluem muitos médicos desse público desorientado. Às vezes são os familiares ou amigos os primeiros a suspeitar que a criança ou adolescente precisa de cuidados psiquiátricos, outras tantas vezes são os professores quem primeiro observa a necessidade dessas crianças e adolescentes. Detectar precocemente eventuais problemas emocionais na criança ou adolescentes é fundamental para o sucesso do tratamento.
Entre aquilo que deve ser observado incluem-se os comportamentos, os problemas nas relações sociais e no trabalho (ou escola), as alterações do sono, da atenção, da adaptação e da alimentação, o abuso de álcool ou drogas, expressão exagerada das emoções, dificuldades em lidar com questões cotidianas. Perceber precocemente alterações no modo de vida ou na adaptação das crianças e adolescentes pode contribuir na identificação de problemas psiquiátricos no momento em que o tratamento seria mais eficaz.
A maneira de ser dessa criança ou adolescente deve ser especialmente valorizada, principalmente quando se estabelecem comparações com outras pessoas nas mesmas circunstâncias (importante ver também a página O Diagnóstico em Psiquiatria, na seção Temas Livres).
Na idade pré-escolar, em torno dos 6 anos, algumas patologias podem ser bem identificadas. Os quadros ansiosos, por exemplo, quando se manifestam através do quadro de Ansiedade de Separação da Infância são facilmente identificados. Esta situação se caracteriza por extrema recusa em separar-se da figura de maior ligação afetiva – geralmente a mãe. As características principais da Ansiedade de Separação da Infância são:
Relutância em se separar da pessoa de vínculo afetivo (em geral a mãe)
Preocupação excessiva em perder esse vínculo afetivo
Recusa ou grande dificuldade em ir para a escola
Medo exagerado de ficar sozinho
Pesadelos que envolvem separação
A depressão, por outro lado, não é facilmente diagnosticada na primeira infância ou na idade pré-escolar. Embora existam quadros depressivos nessa faixa etária, as classificações de doenças (DSM.IV e CID.10) não enfatizam esse diagnóstico, pois o quadro clínico de depressão na infância em geral é bastante atípico. Entretanto, existem outros sintomas psicoemocionais que podem ser indícios indiretos de um transtorno afetivo depressivo.
Os freqüentíssimos casos de Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são mais facilmente diagnosticados em crianças um pouco mais velhas, em torno dos 7-8 anos, embora eles já estejam presentes precocemente. Os principais sintomas a serem observados em relação ao TDAH são:
Desatenção em todos os níveis
Dificuldade em terminar tarefas
Dificuldade em seguir orientações
Perda de coisas, desorganização e esquecimento
Distraibilidade, inquietação (cadeira, mãos, pés)
Fala excessiva
Pouca sensação de dor
(Veja mais sobre o TDAH)
Quadros psiquiátricos mais graves, como por exemplo, o Autismo Infantil, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, a Deficiência Mental, também podem ser identificados nessas crianças mais novas, em torno dos primeiros 30 meses.
Os sintomas indicativos de possível problema emocional, de comportamento ou de desenvolvimento em uma criança em idade escolar que necessita avaliação psiquiátrica podem incluir qualquer dos itens abaixo:
1. - Redução significativa no rendimento escolar

Neste caso pode estar em jogo alterações do interesse e da atenção. Problemas domésticos que causam preocupação excessiva à criança podem comprometer fortemente o grau de interesse e de atenção, assim como também as dificuldades na adaptação ao ambiente escolar que ocorrem em mudanças de escola.
A partir dos sete anos os problemas emocionais podem ser suspeitados principalmente em função do rendimento escolar e dos transtornos de aprendizado. A Depressão costuma estar associada ao declínio visível no rendimento escolar com início definido. O Déficit de Atenção, embora também se relacione ao desempenho, este se mostra contínuo e cronicamente baixo. A Deficiência Mental deve ser pensada principalmente quando se acompanha de uma série de outros sintomas.
2. - Redução significativa no interesse escolar

Depressão Infantil é particularmente acompanhada de desinteresse geral, tanto nos adultos quanto nas crianças e adolescentes. Ambiente escolar estressante, tenha origem nos colegas ou nos professores, também pode ocasionar aversão à escola e prejuízo do interesse. A falta de empatia com professores, eventual situação vexatória diante dos colegas ou bullying podem resultar em severo desinteresse (veja Dificuldades de Aprendizagem, na seção Infância e Adolescência).
As crianças portadoras de Déficit de Atenção, com ou sem hiperatividade, podem proporcionar grave desarmonia ambiental, seja por desentendimento com professores ou com colegas e, conseqüentemente, criar uma convivência estressante o suficiente para produzir desinteresse.
3. - Abandono de certas atividades antes desejadas

Abandonar por desinteresse as atividades que antes davam prazer é outro sinal de Depressão Infantil. O sintoma de anedonia – incapacidade para sentir prazer – aparece tanto nas depressões dos adultos quanto das crianças.
O desânimo e o desinteresse levam a criança ou adolescente deprimido a um comportamento de retraimento, apatia e isolamento social. O desânimo é físico, como uma perda da energia global geralmente confundida com preguiça e responsável por muitos exames de sangue em busca de uma anemia que não se confirma. O desinteresse é emocional, é a perda do prazer ou gosto em fazer as coisas.
4. - Distanciamento de amigos ou familiares

 O retraimento social, juntamente com a recusa em participar de compromissos familiares pode significar muitas coisas, desde aDepressão Infantil, Fobia Social, insegurança, até mesmo sentimentos de vergonha quando os pais brigam muito, quando um deles bebe, quando estão para se separar...
As crianças vítimas de abuso sexual ou de violência causada por babás, além de outros sintomas, podem apresentar distanciamento de amigos ou familiares, abandono de certas atividades, perturbações do sono com insônia inicial (causada geralmente por medo), inquietação, mudança de comportamento em relação ao agressor, irritabilidade...
5. - Perturbação do sono

Os exemplos de alterações do sono incluem o terror noturno, pesadelos, insônia e/ou hipersonia, sonambulismo, enurese (xixi na cama) noturna, bruxismo, etc. Essas alterações têm valor quando consideradas em conjunto com outras alterações de qualquer um dos demais itens apontados aqui.
6. Hiperatividade, inquietação, irritabilidade e/ou agressividade

Qualquer uma dessas alterações acima pode representar um indício de depressão ou ansiedade infantil, cujos quadros, geralmente, são bem diferentes dos adultos. As manifestações atípicas da depressão na criança são tão comuns que boa parte dos casos diagnosticados como Déficit de Atenção com Hiperatividade é, de fato, reflexo de quadros depressivos infantis.
A alteração mais grave que apresenta agressividade infantil é oTranstorno de Conduta. Todo esforço deve ser empenhado para excluir esse diagnóstico, principalmente por se tratar de um problema de caráter e não ter cura (veja Transtorno de Conduta na seção Infância e Adolescência).
7. - Reações emocionais mais violentas

Aqui, como em outros itens, pode tratar-se de sinais de Depressão Infantil ou de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, porém, a irritabilidade é também comum em crianças portadoras de disritmia cerebral, embora os neurologistas insistam em dizer que não. Também podemos pensar em Transtorno de Conduta, como no item acima.
Se as explosões emocionais começaram de um determinado tempo para cá, ou seja, se não fazem parte da maneira de ser da criança ou adolescente, podem representar problemas vivenciais atuais, conflitos, medos, traumas.
8. - Rebeldia, birra e implicância, atitudes de oposição

 Existe um quadro denominado Transtorno de Oposição na Infânciaou Transtorno Desafiador Opositivo, onde a criança confronta qualquer tipo de autoridade, seja doméstica, social ou na escola. Felizmente a maioria desses casos não reflete um Transtorno de Conduta, como seria de se esperar, mas sim uma autoestima bastante baixa, necessidade de chamar atenção, sentimento de inferioridade.
9. - Preocupação e/ou ansiedade excessivas

 Quando crianças anteriormente bem adaptadas passam a apresentar preocupações de adultos, como por exemplo, questionamentos sobre a morte, saúde dos pais, segurança econômica, sobre o que fariam sem seus pais, insegurança com a economia doméstica, pode ser indício de depressão infantil.

Quais são os sintomas de um problema potencial em adolescentes?

A entrada na adolescência traz mudanças significativas na pessoa, tanto do ponto de vista físico quanto emocional. O adolescente começa a valorizar o pensamento abstrato, nascendo daí a possibilidade fascinante do jovem estabelecer suas próprias hipóteses, teorias, opiniões e pontos de vista. Essas hipóteses permitem ao adolescente fazer suas escolhas.
Por outro lado, surgem as crises de liberdade e de responsabilidade. Infelizmente, é nessa idade também que podem surgir quadros delirantes e alucinatórios, depressões e tentativas de suicídio, bem como comportamentos delinqüenciais e outras patologias emocionais.
Vejamos abaixo os sintomas mais comuns e sugestivos de possível problema emocional em uma criança de mais idade ou adolescente. Muito embora os sintomas a serem observados sejam os mesmos da infância, o significado deles pode ser diferente nos adolescentes.
1. - Redução significativa no rendimento escolar

 Depressão do Adolescente proporciona, tal como na criança e nos adultos, importante desinteresse geral. Ao invés da importância do ambiente e a falta de empatia com professores, como ocorre na infância, para o adolescente pesa muito os conflitos íntimos, os sentimentos de inferioridade, a baixa auto-estima, ou seja, os sintomas clássicos da depressão (veja Depressão na Adolescência, na seção Infância e Adolescência).
Entre os conflitos intrapsíquicos contam as frustrações com o sexo oposto, a exposição ao bullying, dificuldades de adaptação às mudanças de escola, cidade, país, cultura. É comum a queda do rendimento escolar quando o adolescente toma contacto com drogas, notadamente da maconha ou uso abusivo de álcool.
Outro fator que pode comprometer o rendimento escolar na adolescência são os surtos psicóticos, comuns nessa faixa etária. Nesse caso, muitos outros sintomas além do baixo rendimento escolar farão parte do quadro (veja Psicose na Adolescência, na seção Infância e Adolescência).
2. - Abandono de certas atividades, amigos ou familiares

 Mudança no grupo de amigos, afastamento repentino das atividades familiares e sociais habituais, abandono de atividades antes prazerosas, enfim, esse tipo de mudança brusca no comportamento do adolescente merece toda atenção. Tanto os quadros psicóticos quanto o uso de drogas podem resultar em afastamento das atividades habituais, dos amigos e familiares.
Por ordem de freqüência, o uso de drogas como causa dessas mudanças bruscas nas atitudes dos adolescentes é muito mais comum que o desenvolvimento de surtos psicóticos ou eclosão de depressão grave. Quando o problema é o uso de drogas, não há isolamento social, como acontece nas psicoses ou depressões, há sim, mudanças na conduta, no grupo de amigos...
Na Depressão, embora possa haver desânimo e desinteresse suficientes para que o jovem abandone algumas atividades, além do isolamento social percebe-se importante componente de tristeza e angústia, o que nem sempre acompanha as mudanças de comportamento no uso de drogas e nas psicoses.
3. - Alterações do sono

 Na Depressão pode haver insônia. É comum, por exemplo, o adolescente ficar até altas horas ouvindo músicas em seu quarto. Pode haver também o contrário, ou seja, a hipersonia. Dormir demais pode ser uma tentativa de fugir de uma realidade angustiante.
Nos quadros afetivos bipolares, onde a depressão é intercalada de episódios de euforia, o jovem dorme muito pouco ou quase nada. Ele fica inquieto, agitado, hiperativo, falante e exageradamente animado. Nos casos de Psicose o sono pode desaparecer completamente. Surgem outros sintomas, tais como desleixo pessoal, apatia, estranheza e mudanças significativas dos hábitos.
4. - Alterações do Apetite

 Nas meninas adolescentes a falta de apetite ou anorexia tem sido o quadro mais freqüente de alteração alimentar. Podem surgir ainda crises de voracidade alimentar com bulimia ou não (veja Anorexia, Compulsão Alimentar e Bulimia, na seção Transtornos Alimentares).
Os adolescentes com Transtornos Alimentares normalmente apresentam obsessão pela forma física e podem, em casos mais graves, distorcer a auto-imagem corporal. Isso se observa quando se sentem gordos, apesar de estarem com peso bem abaixo do normal e, mesmo ainda, quando todas as outras pessoas não concordam com a opinião de excesso de peso.
Um sinal que chama a atenção para eventual Transtorno Alimentar é quando a adolescente faz uso abusivo, geralmente escondido, de laxantes e diuréticos. Na bulimia é comum a adolescente sair sempre da mesa e ir ao banheiro logo depois de comer.
O resultado da anorexia ou bulimia é a progressiva deterioração física e mental, começando com sintomas leves como queda dos cabelos, aftas, atraso menstrual, etc., até complicações cardiovasculares, renais e endócrinas graves e que podem levar a morte.
Comer Compulsivo também pode ser uma alteração do apetite que acompanha transtornos emocionais na adolescência. Nesse caso a pessoa come compulsivamente grandes quantidades de comida, geralmente calóricas. Estados ansiosos geralmente resultam em compulsão alimentar.
5. - Agressões freqüentes, rebeldia, atitudes de oposição ou reações violentas

A agressividade na adolescência é um problema complexo. O comportamento agressivo e violento pode ser um traço da personalidade. Neste caso a pessoa É agressiva. A agressividade pode surgir como uma mudança na atitude da pessoa que não era agressiva. Neste caso a pessoa ESTÁ agressiva. Em psiquiatria as mudanças do comportamento têm mais valor.
O comportamento rebelde, agressivo e violento pode resultar de modismo ou como um comportamento desejável no meio social do adolescente. Isso pode ser reflexo de um apelo de seu meio, do grupo social que pertence.
O comportamento agressivo pode, não obstante, refletir um conflito emocional íntimo e/ou um quadro depressivo, ou ainda, um sinal de abuso de drogas. Comportamentos destrutivos envolvendo vandalismo, incendiarismo, destruição de propriedades, normalmente acontecem na sociopatia, a qual, no adolescente, recebe o nome Transtorno de Conduta.
6. - Provocar dano a si mesmo

Isso pode acontecer nos Transtornos do Controle dos Impulsos, por exemplo, na Tricotilomania (arrancar cabelos e pelos), na Auto-Escoriação da pele, na Auto-Mutilação, nas atitudes de vômito da Bulimia. Esses comportamentos auto-prejudiciais fazem parte dos transtornos classificados no Espectro Obsessivo-Compulsivo.
Transtornos de Personalidade graves, como por exemplo, o transtorno histérico e o transtorno borderline, ambas com início na infância e adolescência, proporcionam comportamento teatral de auto-agressividade e ferimentos auto provocados com propósitos de manipulação do entorno.
7. - Pensamentos de morte e/ou suicidas

Pensar na morte não é mesma coisa que pensar em suicídio. Pessoas deprimidas podem pensar que preferiam estar mortas, embora não pensem em se matar. O suicida, por sua vez, pensa em se matar.
Depressão é a principal patologia relacionada à idéia de morte ou pensamento suicida. Não obstante, as psicoses também podem levar ao suicídio, geralmente decorrente de um delírio bizarro.
8. - Comportamento sexualizado excessivo e/ou precoce

A expressiva maioria dos casos de atividade sexual precoce, notadamente nas meninas, parece ser estimulada pelas próprias mães. Estas, talvez devido a alguma fantasia íntima, acabam por estimular suas filhas a parecerem atrizes de novela, apresentadoras de TV ou outras personagens da mídia com notória atuação sexual. Esse fenômeno tem sido relacionado ao aumento na incidência dePuberdade Precoce e na precocidade da idade de iniciação sexual.
Fora esses casos de conotação cultural, o Transtorno de Conduta é a condição mórbida mais associada ao comportamento hipersexualizado em meninas e meninos. Em segundo lugar vem oTranstorno Afetivo Bipolar do adolescente, durante a fase de euforia, fortemente relacionado ao aumento da libido. Finalmente, alguns casos de Retardo Mental são também associados ao comportamento hipersexualizado.
10. - Mentiras, fugas, embuste

 Essas atitudes costumam aparecer nos transtornos do caráter, como por exemplo, no Transtorno de Conduta e, em alguns casos, nas depressões com prejuízo da autoestima.
Os pais, muitas vezes por conta do natural envolvimento afetivo, podem não perceber, não reconhecer ou não aceitar os problemas emocionais em seus filhos. Mas isso não exclui a existência de tais problemas, apenas retarda seu tratamento. Quanto aos educadores, muitas vezes são eles os primeiros a observar os sintomas iniciais de um problema psiquiátrico na infância e adolescência. Essa facilidade se deve, entre outras razões, ao fato de poderem ter uma crítica mais desapaixonada da conduta da criança ou do adolescente.
Uma doença psiquiátrica na criança ou no adolescente quando diagnosticada e tratada a tempo pode evitar importantes seqüelas na vida adulta. É fundamental detectar o problema e consultar com um especialista.
para referir:
Ballone GJInfância e Adolescência: quando tratar, in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2010.

Fonte: www.psiqweb.med.br

A Respiração Oral Influencia na Disciplina e Desempenho Escolar das Crianças



  
Alguns educadores, pais e médicos já perceberam que certas crianças desatentas e agitadas têm um desempenho escolar prejudicado. Fato que nossa pesquisa comprovou. Por ser uma pesquisa multidisciplinar, cada uma de nós vê a respiração oral de um ponto de vista diferente: otorrinolaringológico, fonoaudiológico e psicopedagógico e somos unânimes em afirmar que a melhor arma para amenizar o desconforto do respirador oral é a orientação e conscientização dos pais, educadores e médicos.
 
A pesquisa, realizada com 292 crianças em idade pré-escolar, comprova que respiradores orais, ou seja, crianças que apresentam dificuldade de respirar somente pelo nariz, por obstrução nasal ou faríngea, coriza, espirros, problemas durante o sono (roncos, apnéia, sono agitado) decorrente de amígdalas e adenóide aumentadas, alergias entre outros fatores, apresentam mais dificuldades de aprendizado, além de serem mais indisciplinadas. Existem evidências, citadas por outros autores, e comprovadas na nossa pesquisa, de que crianças respiradoras orais, em sua maioria meninos, apresentam potencialmente mais problemas cognitivos e de comportamento do que as outras. Há relação entre a respiração oral e distúrbios de atenção, hiperatividade, enurese, comportamento agressivo e antissocial.
O objetivo do nosso trabalho foi avaliar a correlação entre respiração oral e distúrbio respiratório do sono com problemas disciplinares, em crianças na fase de alfabetização e relacioná-los ao processo de aprendizagem.

A criança
Na fase da alfabetização a criança já passou pela fase inicial de socialização e aquela dificuldade de relacionamento e agitação pertinentes a idade deveria estar sendo superada. O que se nota no respirador oral é uma dificuldade em manter a atenção e controlar-se, além de um ritmo mais lento na aquisição da leitura e escrita. Normalmente estas crianças ficam mais agitadas e agressivas com os colegas.
Esta fase é importantíssima para o desenvolvimento e a história de todo aprendizado futuro. Não apenas a auto-estima da criança, mas sua segurança perante o aprender está em jogo. Como os problemas respiratórios são comuns nesta idade, este prejuízo pode marcar a criança como uma incapacidade de aquisição e não apenas como uma dificuldade transitória que mediante tratamento e orientação pode ser ultrapassada. Alguns adolescentes que apresentaram problemas respiratórios ao longo da infância continuam sendo rotulados como alunos preguiçosos, agitados e desatentos durante toda sua vida escolar. Talvez este seja um fardo muito grande de ser carregado por causa do desconhecimento dos pais, médicos e professores!
Todos os envolvidos muitas vezes sub-valorizam este problema respiratório e procuram ajuda quando as dificuldades de aprendizagem já estão em fase mais adiantada e o aluno já não acredita na sua capacidade de aprendizado e controle.

A partir dos resultados da nossa pesquisa, concluímos que há relação entre respiração oral e problemas disciplinares e de aprendizado. Dessa forma, é de grande importância a orientação e o conhecimento dos professores e outros profissionais da educação sobre a relação da respiração oral, roncos, distúrbios respiratórios do sono e o desempenho escolar, para que possam reconhecer as crianças e orientar os pais na busca de um tratamento específico, contribuindo para uma melhora da evolução do aprendizado das crianças.
O diagnóstico acertado e o tratamento precoce podem auxiliar muito na segurança que este aluno vai apresentar diante de todos os aprendizados futuros, podendo gerar a reversão das dificuldades e da indisciplina. Portanto, a observação familiar e da escola, além do tratamento adequado são fundamentais para a solução deste problema.

Deficiências...


"Deficiente"

É aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco"

É quem não procura ser feliz.

"Cego"

É aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.

"Surdo"

É aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.

"Mudo"

É aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico"

É quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético"

É quem não consegue ser doce.

"Anão"

É quem não sabe deixar o amor crescer.

Atividades Pedagógicas de Cores e Formas Geométricas para autistas



 Não é tão simples ensinarmos cores e formas geométricas para alunos com autismo, porém é possível desenvolver este aprendizado de maneira didádica e prazerosa. Por isso, estamos compartilhando com pais e profissionais que trabalham com pessoas com autismo, esta experiência desenvolvida com nosso filho, o Ulisses, e outros alunos. Em pouco tempo já estamos vendo progresso, pois ele expressa o aprendizado fazendo todas as atividades de forma correta.

As cores e formas geométricas já na Educação Infantil fazem parte do currículo escolar dentro do conteúdo de matemática. Este conteúdo faz parte do nosso dia-a-dia por isso é tão importante ensinarmos aos nossos pequenos. Quando trabalhamos cores estamos também ensinando a criança a classificar. E o ato de aprendermos a classificar a partir das cores faz com que a criança perceba no mundo e na natureza os pequenos detalhes da beleza da vida. A idéia é fazer com que o aluno com autismo consiga generalizar este aprendizado e servirá de porta de entrada para outras vias do conhecimento.

Esta atividade ensina as cores primarias como o azul, vermelho, amarelo e verde com materiais de tampa de diversas garrafas inclusive a de Pet. As formas geométricas são trabalhadas com tampinhas de pet e palitos de picolé de plásticos coloridos. De forma intuitiva o aluno, logo de início consegue entender a atividade.

Passo-a-passo da AtividadeFormas geométricas e cores

Para esta atividade temos o quadrado, retângulo e triângulo impresso na folha A4 cada forma nas quatros cores que são Vermelho, azul, verde e amarelo, estas folhas são plastificadas para melhor durabilidade. Aqui são usados palitos de plasticos coloridos(da kibon do picolé Frutilly), também pode ser usado de outras marcas e de palito de madeira pintado. O tamanho dos lados das formas devem ter o mesmo dos palitos usados. O aluno deve sobrepor cada palito em cima dos lados das formas conforme as cores. No retângulo foi usado dois palitos nos lados maiores.



Atividade do Círculo com tampas de pet. A técnica usada é a mesma, basta fazer o desenho no mesmo tamanho das tampas de Pet, cada circunfência formada de vários círculos representados por cada tampa.




Atividade de Cores com tampas variadas com Velcro. Notem que a idéia agora é trabalhar só cores de forma generalizada, pois estamos usando tampas de vários tamanhos, para que seja entendido que a relação feita é a cor não importando o tipo de tampa. obs: os quadrados demarcados na folha neste momento não denota uma forma geométrica e sim o lugar onde a peça deve ser colocada. Esta atividade deve ser desenvolvida em etapas.

1ª - comece com uma cor em cada folha separada.


2ª - Depois que o aluno conseguir fazer as atividade em cores por vez, desenvolva então com duas cores ao mesmo tempo na mesma folha.3ª - Depois de ter exercitado nas etapas anteriores, trabalhe agora com as quatros cores as mesmo tempo na mesma folha.
4ª - Nesta última etapa também propomos o trabalho com as quatros cores ao mesmo tempo na folha, diferença é que as cores não estão ordenadas exigindo um grau maior de dificuldade.


















Veja que foram usados materiais reaproveitados como as tampas e palitos de plásticos, que aparentemente não serviriam para fazer nada além de poluir as ruas. Fica a diga de uma forma de uso didático desses materiais.

Muito importante que você aplique as atividades propostas, pois os resultados certamente surgirão.

Fonte: Autismo no Amazonas

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Inclusão... Dez jovens surdos comemoram ingresso no Ensino Superior


Eles dizem: ‘Passei na UFSM
Dez jovens surdos comemoram ingresso no Ensino Superior


Num passado não muito distante, uma criança nascida surda estava praticamente condenada a uma vida de exclusão, longe de escolas, do mercado de trabalho e, muitas vezes, até da família. Hoje, com a consolidação da cultura surda – que detém idioma próprio, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) – e com a estruturação de políticas educacionais e sociais relacionadas a um universo de pessoas que não ouvem, é cada vez mais comum ver surdos conquistando um espaço que antes lhe era negado. No último vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por exemplo, 10 surdos foram aprovados.

Pode parecer pouco, equivale a 5,8% das 173 vagas que a UFSM oferece para portadores de deficiência, mas o número de aprovados também demonstra a dificuldade enfrentada pelas pessoas surdas para chegar ao Ensino Superior.

– Não existe cursinho para surdos. Estudamos em casa – comenta o auxiliar de informática Marcelo de Lima Gonçalves Junior, 23 anos, aprovado no vestibular para o curso de Sistemas de Informação.

Há quase dois anos, Marcelo trabalha na empresa Planalto, onde estão empregados outros 14 surdos. Desses, cinco passaram no vestibular. Na última sexta-feira, o Diário bateu um papo, intermediado pelo intérprete Luís Fernando Pereira, assistente de Recursos Humanos da empresa, com os quatro calouros, que falaram sobre a expectativa de entrar na faculdade.

Aprovada em Pedagogia, Geovana dos Santos, 28 anos, está ansiosa para começar a estudar.

– Quero dar aulas, ensinar para crianças surdas. Gosto muito do contato com os surdos – diz.

Futuro – O mesmo deseja o auxiliar José Antonio Lorensi Monteiro, 30 anos, futuro professor de Educação Física, que só aprendeu a se comunicar em Libras aos 6 anos.

– Acho que o espaço para o surdo está crescendo. Tenho uma filha de 6 anos, que sabe Libras desde pequenininha. Ela não viverá as mesmas dificuldades que enfrentei para estudar e trabalhar – acredita.


Fonte: REPORTAGEM DIÁRIO DE SANTA MARIA

Que Lindo! Essa é a Matemática do Amor!!!!!


terça-feira, 24 de abril de 2012

Relatos da Vida Real... a 1ª Doutora Surda do Brasil



De surdez sofremos todos, pois limitados são aqueles que, ao longo da vida, não aprendem a se conhecer nem a se escutar. No oposto desta realidade, os surdos aprendem não só a conviver com o seu mundo, num primeiro momento muito particular, como aprendem a driblar suas dificuldades, testando suas potencialidades. Delas, nasceu um universo comum de identidade, cultural, capaz de boas proezas, bons debates e também de bons representantes...
A vida do surdo. Quem é este sujeito? Ele pode ser alguém? Existem identidades surdas? O que se pode dizer de uma pessoa surda? Qual o caminho para este sujeito? O que há de novo? Há um agenciador entre os surdos, um ponto de convergência?
Foi para debater estas e outras questões que a Universidade Federal do Rio Grande concebeu,  na ultima terça feira dia 06, a discussão, Surdos – A experiência diferente de ser,  que contou com a presença da primeira surda a obter título de doutora em Educação no Brasil, Gládis Perlin. Com vasta experiência na área de Educação de Surdos, Gládis atualmente é professora adjunta e pesquisadora pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Ver a matéria completa clique: http://pt.calameo.com/read/000337975a8e6553125f1