Atualmente se fala muito sobre a inclusão da criança com necessidades especiais. Especialmente nas escolas e como é difícil e arduo essa missão! Mas essa inclusão começa com todos nós.Quero incentivar a todos a olhar a criança especial e a sua família com amor e aceitação, e sermos solidários. A inclusão começa em nossos corações.Pois sabemos que todos somos especiais, pois não existe nenhuma pessoa exatamente igual a outra. Todos nós temos nossas peculiaridades, habilidades, dificuldades, somos todos diferentes.Espero que em algum lugar com esse blog eu possa ajudar um coração necessitado pois ele está sendo feito com muito amor e carinho!!!
Que Deus abençõe a cada um de nós.

sábado, 14 de abril de 2012

Conhecendo um pouco da Síndrome de Rett.

Essa é a evolução da Síndrome de Rett


A Síndrome de Rett é uma desordem neuro-muscular de surgimento precoce e muito grave (podendo levar a óbito) já que involui de forma progressiva em quatro estágios e que na forma clássica só acomete meninas.
Normalmente aparece entre 6-18 meses de idade.Os primeiros sinais clínicos aparecem, estando associados à perda de aquisições motoras e aquisições cognitivas, ou seja, perda das capacidades anteriormente adquiridas, iniciando-se, portanto o curso da doença.Há formas denominadas frustras ou variantes em que os sintomas não preenchem totalmente os critérios exigidos e/ou evoluem de forma mais benigna.
Muitas vezes, é diagnosticada inicialmente como autismo, por causa das oscilações do tronco, ausência de contato ocular e distúrbios de linguagem.
Os critérios de diagnóstico da Síndrome de Rett clássica são:
  • Sexo feminino;
  • Período pré e perinatal normais; desenvolvimento normal nos primeiros meses de vida;
  • Perímetro craniano normal ao nascimento com desaceleração do crescimento da cabeça entre 6 meses e 4 anos de vida;
  • Regressão precoce das atividades comportamental, social e psicomotora (perda das habilidades previamente adquiridas);
  • Desenvolvimento de disfunção da comunicação e de sinais de "demência";
  • Perda do uso funcional e/ou intencional das mãos entre 1 a 4 anos;
  • Tentativas diagnósticas inconsistentes até 3 anos de idade;
O quadro clínico que mais está presente nos casos de Síndrome de Rett está relacionado com desaceleração do crescimento craniano, perda da fala e das habilidades motoras adquiridas, em particular o movimento ativo da mão. As pacientes desenvolvem esteriopatias de mãos, irregularidades respiratórias, ataxia e convulsões. Após um período de pseudo-estabilização e posterior deteriorização, a condição é principalmente caracterizada por retardo mental severo com uma habilidade de comunicação visual freqüentemente notável e relativamente fulgaz, uma escoliose progressiva, graus variados de espasticidade e rigidez muitas vezes levando a dependência em cadeiras de rodas.
A Síndrome de Rett por ser uma doença de caráter progressivo, evolui por 4 estágios divididos em: estágio I ou "estágio de desaceleração precoce"; estágio II ou "estágio rapidamente destrutivo"; estágio III ou "estágio pseudo-estacionário ou planteau"; estágio IV ou "Estágio de deteriorização motora tardia".
As formas clínicas possíveis são:
Forma frustra - diagnóstico de SR passa desapercebido até a adolescência quando o quadro fica evidente. É a variante mais frequente - 10 a 15% dos casos.
De começo precoce com epilepsia - o início da clínica de SR, em especial o 2º. Estágio, passa desapercebido devido ao surgimento das crises cujo predomínio é de espasmos infantis seguido das generalizadas.
Regressão tardia - há um curso sugestivo de Retardo Mental com surgimento tardio (por volta dos 20 anos) da clínica de SR.
Fala conservada - a fala pode ser conservada ou recuperada, mas fica significativamente comprometida. Embora o curso seja benigno há sempre um QI rebaixado.
Congênita - não há fase de DNPM normal e pode ser avaliada como um começo muito precoce da Síndrome.
A prevalência da Síndrome. Rett é de 1:10.000 meninas.
Há vários anos que se trabalhava com a suposição de que a SR era uma entidade genética de carater dominante ligada ao cromossoma X já que só acometia clinicamente os portadores de XX – sendo letal para os XY.
A evolução ou história natural da Síndrome de Rett, deve ser bem conhecida dos diversos profissionais das áreas da reabilitação, cuja contribuição é fundamental para melhora da qualidade de vida e a manutenção da própria sobrevida das meninas afetadas.
A principais ações de reabilitação na Síndrome de Rett a cargo do fisioterapeuta são : manutenção da deambulação, espasticidade, contraturas e deformidades articulares e hidroterapias.
Apesar das dificuldades de tratamento, a hidroterapia vem sendo usada como um recurso terapêutico indicado nestes casos.
Durante a avaliação Fisioterápica poderão ser observados os reflexos, o tônus muscular, a amplitude articular e as deformidades, a organização motora nas tarefas solicitadas, avaliando-se a motricidade espontânea, voluntária e também as atividades de vida diária.
A reabilitação aquática em crianças é utilizada em todas as idades, desde o nascimento até a idade adulta, e isto pode ser visto desde a década de 1970. A água vem sendo aceita pelas crianças há muitos anos, incluindo aquelas em condições especiais, usadas com fins tanto recreacionais quanto para terapia, e quando utilizadas juntas apresentam melhores resultados.
Embora os estudos de tratamentos hidroterapêuticos sejam limitados, muitos fisioterapeutas o utilizam, sendo o principal objetivo da reabilitação aquática tornar o paciente o mais independente para que consiga realizar as tarefas do dia a dia. A hidroterapia vem sendo muito aceita pelos pacientes neurológicos, tornando-se um dos métodos terapêuticos mais utilizados.
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Há preconceito na sociedade?

Sim. Estas crianças, e principalmente suas famílias, precisam ser normalmente acolhidas pela comunidade.

Embora vivamos na era do “belo, perfeito e bem sucedido”, esta é uma ilusão na qual, parta nosso próprio bem, devemos nos livrar. A vida, os seus valores e os seus fins estão muito além desta ilusão! A beleza, em geral, é produzida por modismos... A perfeição, todos sabem que não existe... E o sucesso, não há dúvidas, é muito relativo!
Não ser belo, nem perfeito, nem bem sucedido não constitui um motivo suficiente para preconceitos... muito menos para piedade! A consciência de que todos os seres humanos são em essência diferentes.. e o real amor ao próximo são elementos chave para a constituição de uma comunidade de fato evoluída... aquela comunidade com a qual todos nós sonhamos: um lugar onde hesita a paz, harmonia, respeito mútuo... em que cada um exerça o seu papel com dignidade. Pessoas que, por algum motivo, apresentam algum tipo de deficiência, também têm o seu papel é obrigação natural de cada um de nós. O primeiro passo, é acreditar em suas competências... ainda que obscuras aos nossos ignorantes olhos! O segundo, respeitar as limitações! O terceiro, acolhê-las com naturalidade!


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