Atualmente se fala muito sobre a inclusão da criança com necessidades especiais. Especialmente nas escolas e como é difícil e arduo essa missão! Mas essa inclusão começa com todos nós.Quero incentivar a todos a olhar a criança especial e a sua família com amor e aceitação, e sermos solidários. A inclusão começa em nossos corações.Pois sabemos que todos somos especiais, pois não existe nenhuma pessoa exatamente igual a outra. Todos nós temos nossas peculiaridades, habilidades, dificuldades, somos todos diferentes.Espero que em algum lugar com esse blog eu possa ajudar um coração necessitado pois ele está sendo feito com muito amor e carinho!!!
Que Deus abençõe a cada um de nós.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Como detectar um aluno com Deficiência Visual em sala de aula.

"As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito devem incluir-se crianças com deficiência ou superdotadas, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais" Declaração de Salamanca, UNESCO, 1994

COMO DETECTAR UM ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM SALA DE AULA

Possíveis sinais de deficiência visual:


• Irritação constante nos olhos;
• Aproximar muito o rosto do papel, quando escreve e lê;
• Dificuldade para copiar material da lousa à distância;
• Olhos franzidos para ler o que está escrito na lousa;
• Cabeça inclinada para ler ou escrever, como se procurasse um ângulo melhor para enxergar;
• Tropeços freqüentes por não enxergar pequenos obstáculos no chão;
• Nistagmo (olho trêmulo);
• Estrabismo (vesgo);
• Dificuldade para enxergar em ambientes muito claros ou escuros.

O que você pode fazer?

• Orientar os pais para que procurem um médico especialista em visão (oftalmologista)
• Nunca usar colírio ou outros medicamentos sem recomendação médica
Sugestões para a convivência com pessoas cegas ou com deficiência visual
• Se a pessoa cega não estiver prestando atenção em você, toque em seu braço para indicar que você está falando com ela. Avise quando for embora, para que ela não fique falando sozinha;
• Se sua ajuda for aceita, nunca puxe a pessoa cega pelo braço. Ofereça seu cotovelo ou o ombro (caso você seja muito mais baixo do que ela). Geralmente, apenas com um leve toque a pessoa cega poderá seguir você com segurança e conforto;
• Num local estreito, como uma porta ou corredor por onde só passe uma pes­soa por vez, coloque o seu braço para trás ou ofereça o ombro, para que a pessoa cega continue a seguir você;
• Algumas pessoas, sem perceber, aumentam o tom de voz para falar com pessoas cegas. Use tom normal de voz; Não modifique a posição dos móveis sem avisar a pessoa cega e cuide para objetos não fiquem no seu caminho. Avise se houver objetos cortantes ou cinzeiros perto dela;
• Conserve as portas fechadas ou encostadas à parede;
• Para indicar uma cadeira, coloque a mão da pessoa cega sobre o encosto e informe se a cadeira tem braço ou não. Deixe que a pessoa se sente sozinha;
• Seja preciso ao indicar direções. Informe as distâncias em metros ou passos.

Se houver alunos com deficiência visual na sua sala, esperamos que estas sugestões contribuam para o aproveitamento do aluno; pode ser proveitoso incorporá-las em sua rotina. Com o tempo, você descobrirá outras maneiras de receber estes alunos na sala.


E ainda: • Leia ou peça para alguém ler o que está escrito na lousa;

• Sempre que possível, passe a mesma lição que foi dada para a classe;
• Procure o apoio do professor especializado, que ensinará à criança o sistema braile e acompanhará o processo de aprendizagem;
• Busca de recursos pedagógicos para o aluno com deficiência é um direito dele;
• Disponibilize com antecedência os textos e livros para o curso;
• Se possível, o material de estudo deve ser fornecido sob a forma de textos ampliados, textos em braile, textos e aulas gravadas em áudio ou em disquete, de acordo com as necessidades do aluno e a possibilidade da escola. O aluno poderá, ainda, precisar utilizar auxílios ópticos e computadores com programas adaptados, assim como apoio para trabalho de laboratório e do pessoal da biblioteca;
• Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos de uma figura e descrever a imagem e a sua posição;
• Substitua os gráficos e tabelas por outras questões ou utilize gráficos simples em relevo;
• Transcreva para braile as provas e outros materiais;
• Possibilite usar formas alternativas nas provas: o aluno pode ler o que escreveu em braile; fazer gravação em fita K-7 ou escrever com tipos ampliados;
• Amplie o tempo disponível para a realização das provas;
• Evite dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
• Ajude só na medida do necessário;
• Tenha um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, ignorá-lo.

Como o aluno com deficiência visual pode aprender matemática?

Ele tem as mesmas condições para aprender matemática que uma criança não deficiente. Porém, é preciso que você adapte as representações gráficas e os recursos didáticos que vai utilizar.
Para ensinar matemática, o instrumento mais utilizado é o ábaco (ou soroban) que é de origem japonesa. Seu manuseio é fácil e pode ajudar também os alunos que enxergam, pois ele concretiza as operações matemáticas.
Outra técnica complementar que pode ser utilizada com bons resultados é o cálculo mental, que deve ser estimulado desde o início da aprendizagem e que será útil, posteriormente, quando o aluno estudar álgebra.
É importante ressaltar que, ao adaptar recursos didáticos para facilitar o aprendizado de alunos com deficiência, o professor acaba beneficiando todos os alunos, pois recorre a materiais concretos, que facilitam a compreensão dos conceitos.

O ALUNO DEFICIENTE VISUAL


Talvez uma
das maiores dificuldades enfrentadas pelo portador de deficiência visual resida na falta de uma compreensão social mais profunda a respeito das reais implicações da cegueira, ou da visão subnormal.
É freqüente encontrarmos níveis bastante baixos de expectativa com relação ao rendimento acadêmico do deficiente visual.
O fato, motivado pelo desconhecimento das possibilidades da pessoa que tem essa deficiência gera, muitas vezes, a falsa convicção de que à deficiência visual se vinculam sempre dificuldades de aprendizagem e até mesmo de déficit intelectual.
Como conseqüência, ocorre, não raro, encontrarmos crianças portadoras de visão subnormal sendo tratadas como se fossem cegas ou, quando não, identificadas como deficientes mentais, sem qualquer estimulo para melhor utilização de sua visão remanescente ou de oportunidade para o desenvolvimento de suas potencialidades.
Estudos têm demonstrado, porém, que, do ponto de vista intelectual, não há diferença entre o deficiente "visual" e as pessoas dotadas de visão. A potencialidade mental do indivíduo não é alterada pela deficiência visual. O seu nível "funcional", entretanto, pode estar reduzido, pela restrição de experiências que, adequadas às suas necessidades de maturação, sejam capazes de minimizar os prejuízos decorrentes do distúrbio visual.
Essa ausência de estimulação ou "restrição de experiências" pode ameaçar o desenvolvimento normal do processo educativo da criança privada de visão, principalmente naqueles aspectos relacionados às habilidades que envolvem a utilização dos canais visuais, tais como os aspectos ligados às áreas de aquisição de conceitos, orientação, mobilidade e controle do ambiente.
A percepção do mundo, pela criança visualmente prejudicada, é obtida através dos seus sentidos remanescentes e as pistas por eles fornecidas podem levar a informações incompletas, originando, multas vezes, conceitos diferentes daqueles obtidos e utilizados pelos que possuem uma visão normal. Exemplo disso é a redação elaborada por uma criança cega congênita, aluna de classe comum, 2ª série de uma escola da rede estadual de ensino.
"Minha mãe é azul, olhos verdes, boca vermelha.
Às vezes minha mãe é brava.
Ela faz carinho, amorosa, muito linda, linda, linda, linda!”
Qual a fonte perceptiva que a levou a conceituar a mãe como "azul"?
Na realidade, a palavra "azul" era freqüentemente empregada pela professora ao comentar com os alunos sobre a beleza do dia: "o céu está muito azul, muito lindo".
Se para a criança de visão normal, a compreensão deve ter sido concomitante pela visão do céu azul ou pela memória visual que dele possui, para a portadora de cegueira congênita, a inexistência de imagem mental, que representasse o céu ou a cor, deve tê-la levado a um processo mental que acreditamos ser:
céu azul/ céu lindo
céu não azul/ céu não lindo
céu muito azul/ céu muito lindo
muito azul/ muito lindo.
Para ela, a palavra "azul" passou a significar "lindo", tudo que é lindo, muito lindo, é azul; mamãe é muito linda, então mamãe é azul.
É quando concluímos mais uma vez que, numa cultura como a nossa, onde a grande maioria das atividades gira em torno de estímulos visuais, onde a programação educacional se orienta quase que exclusivamente para uma aprendizagem visual, o indivíduo, portador de cegueira ou de visão subnormal, há de se encontrar sempre em situação de desvantagem em relação aqueles considerados "normais".
Outro sério problema do deficiente visual é a sua geralmente restrita possibilidade de se mover livremente, em ambientes não familiares.
Dada a importância dessa locomoção independente - fator essencial para o ajustamento pessoal e adequação social do deficiente - é enfatizada a necessidade de desenvolver, na criança portadora dessa limitação, habilidades de orientação e mobilidade, ou seja, capacidade para que possa, utilizando-se de todas as informações sensoriais fornecidas pelo ambiente, reconhecê-lo e situar-se nele, numa interação que lhe permita influir e ser influenciada por ele.
Embora possamos considerar a restrição à mobilidade independente e à percepção global e direta do meio como limitações básicas, impostas por uma deficiência visual grave, não podemos nos esquecer de que delas podem decorrer muitas outras limitações, variando em grau e ocorrência para cada indivíduo, de acordo com sua capacidade de utilização de técnicas e procedimentos compensatórios, de sua reação às práticas e expectativas sociais que, de acordo com Telford, podem lhe impedir o desenvolvimento e o exercício de aptidões e competências que o habilitariam a se tornar uma pessoa independente.

RAY CHARLES


nasce em Albany, em 1932, uma pequena e pobre cidade do estado da Georgia. Ray fica cego aos 7 anos, logo após testemunhar a morte acidental de seu irmão mais novo. Inspirado por uma dedicada mãe independente, que insiste que ele deve fazer seu próprio caminho no mundo, Ray encontrou seu dom em um teclado de piano.
Clique no endereço abaixo para ver um trecho do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=TGsnVAE77lY

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